terça-feira, agosto 11, 2009

“Reparei no fio tricolor e no amuleto que trazes ao pescoço: uma espiral, símbolo da lua. Quem to colocou sabe que esta, ao contrário do sol, que permanece sempre igual a si próprio, é um astro que cresce, decresce e desaparece, um astro cuja vida está submetida à lei universal do eterno retorno, do nascimento e da morte. Tal e qual os homens, a sua decrepitude termina na morte. A lua morre durante três dias, mas, a seguir, renasce como lua nova. Assim, o seu desaparecimento nunca é definitivo. Por isso, minha filha, quando olhares para esse amuleto, lembra-te que também a vida é um eterno recomeço. É o que está a acontecer-te agora. Vais começar de novo.”

A Escrava de Córdova,
Alberto S. Santos

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