quarta-feira, dezembro 10, 2008

Andava eu a passear pelo mundo dos sorrisos. Pelos sons da banda sonora de Into the Wild. Pelos recantos da minha casinha de bonecas. Pelo desenhar de um futuro... quando finalmente tive tempo para abrir o «blogger». Vinha para aqui debitar mais umas quantas loucuras desta minha estranha existência.... mas às tantas não me apeteceu.... deixo apenas mais um pouquinho do que ando a ler...

Carlos Drummond de Andrade

Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada, ninguém a rouba mais de mim.

Quadrilha
(brilhante)

João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou pra tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.


Que pode uma criatura senão,
entre outras criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,amar,
desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?

1 comentário:

Anónimo disse...

estranha existencia?
nao me parece
percorre o teu caminho, nao keiras ir o mais longe, nem chegar mais cedo, disfruta com as coisas boas, aprende com as mas... somos apenas aprendizes, nada mais do que isso

(ui ui sem sentido, mas deu-me para escrever kando li "a minha estranha existência")

vitabusilis
(o chato loool)