Aqueles que me têm muito amor
Não sabem o que sinto e o que sou...
Não sabem que passou, um dia, a Dor
À minha porta e, nesse dia, entrou.
E é desde então que eu sinto este pavor,
Este frio que anda em mim, e que gelou
O que de bom me deu Nosso Senhor!
Se eu nem sei por onde ando e onde vou!!
Sinto os passos de Dor, essa cadência
Que é já tortura infinda, que é demência!
Que é já vontade doida de gritar!
E é sempre a mesma mágoa, o mesmo tédio,
A mesma angústia funda, sem remédio,
Andando atrás de mim, sem me largar!
Florbela Espanca
quinta-feira, novembro 08, 2007
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3 comentários:
poça.... anima-te amiga, a vida não é isso, tbm tem mt de alegria e beleza. olha bm para ti... a serio, que vês?... nao, isso n é verdade... eu vejo um raio de lua que adormeçe no colo do mar, a imagem mais linda que uma flor a desabrochar, eu vejo-te a ti... AMIGA.
vItAbUsIlIs
Apesar de este ser um poema triste e melancólico não deixa de ter a sua beleza. Eu gostei, só que não concordo nada, se ao lê-lo pensar mais uma vez ;) em Ti...
"Aqueles que me têm muito amor
Não sabem o que sinto e o que sou..." não é verdade, ehehhe
Beijinhos GMT
Sarinha,
a dor é apenas um sinal de vida, sem ela nada teria sentido, a dor serve para nos dar força, mesmo aquela que parece querer matar-nos.
Não podemos fugir dela, apenas aprender a ultrapassá-la ou a viver com ela. Alguém me ensinou um dia que na vida tudo tem dois caminhos, e cabe-nos a nós escolher qual queremos seguir, se o destino entender que deveremos ir pelo mais tortuoso, é tão só porque nos quer ensinar algo.
E lembra-te sempre que se a vida fosse fácil, ela não teria piada nenhuma.
A Friend
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